Família relata “indignação” após possível encerramento das buscas por mulher desaparecida em Mossoró

Familiares de Sebastiana Cândida da Silva, de 58 anos, estão revoltados com o possível encerramento das buscas pela mulher desaparecida desde o dia 25 de julho, em Mossoró. Segundo Eva Lucia, irmã de Sebastiana, a Polícia Civil e os Bombeiros confirmaram o fim das diligências, que completariam 13 dias nesta terça-feira (06).

“Quero dizer aqui a vocês que estão me ouvindo que eu já fui para os Bombeiros, que me informaram, por parte deles, que o caso estaria estaria encerrado, pois não há nenhuma novidade de informação, ou alguma pista para procurar ela. A Polícia Civil disse que também já tinha feito a busca, mas também até agora não encontrou nenhuma pista, então também disse que iria encerrar o caso. Mossoró com quase 300 mil habitantes, uma pessoa desaparece e ninguém faz mais nada. A família não tem condições de entrar no mato sem nenhum equipamento, quem tem é a polícia e o bombeiro. Aí eu pergunto, como é que fica a situação?”, relatou Eva em vídeo nas redes sociais.

A irmã de Sebastiana ainda faz uma comparação com a mobilização das forças de segurança durante a recaptura dos fugitivos do Presídio Federal de Mossoró.

“Vocês lembram do caso dos dois prisioneiros que fugiram da cadeia. Nós sabemos que Mossoró recebeu mais de 500 policiais em busca de duas pessoas que não pagavam imposto, que faziam mal a sociedade, que matavam e a polícia se mobilizou, fez o que tinha que fazer e a conta ficou pra quem? Para nós, cidadãos. Minha irmã pagava os seus impostos, nunca matou uma formiga e aí a polícia vai e me diz isso. Então fica a minha revolta, a minha indignação “, concluiu.

O Jornalismo TCM apurou que a Polícia Civil não confirma oficialmente o encerramento das buscas. Já a Tenente-Coronel Martini, do Corpo do Bombeiros Militar, falou sobre o assunto.

“A gente não faz investigação, quem faz investigação é a Polícia Civil, a gente faz as buscas. O Corpo de Bombeiros foi várias vezes lá no local, inclusive, no último sábado, passaram o dia inteiro lá na região. As equipes andaram mais de 150 quilômetros procurando ela, mas não existe nenhum vestígio dela naquela área. Nós não temos uma guarnição específica de busca e salvamento, a gente tem uma guarnição de salvamento que faz todos os serviços relacionados a salvamento, busca, captura de abelhas. Tudo é feito por essa guarnição. Então, o que a gente combinou com ela (Eva) é o seguinte: Todo mundo da região sabe quem é ela, já sabe que ela está perdida, e a gente precisa de uma nova pista para reiniciar, para ter um ponto de partida”, informou.

TCM.