Depois de 10 anos, o Rio Grande do Norte faz o primeiro transplante de coração. A captação foi feita pela Comissão Intrahospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOT) que captou outros órgãos do mesmo paciente, além do coração.
A doação é de um paciente de 32 anos que teve morte encefálica no Hospital Tarcísio Maia em decorrência de uma queda que teve em casa no município de São Miguel, e a família do mesmo autorizou a doação do coração, rins, córneas e fígado.
O processo do transplante iniciou na manhã deste domingo (27) no Hospital Tarcísio Maia, em Mossoró, e o coração seguiu para o paciente no Hospital Rio Grande, em Natal, para serem colocados no aposentado Claudionor Ferreira, de 62 anos, que reside em Natal.
"Nós da CIHDOT seguimos à risca o protocolo desenvolvido pela ABTO, entidade que regula a diretriz de morte encefálica, além da conduta desenvolvida pelo estudo donos, a qual participamos nacionalmente. Temos o maior respeito e orgulho por este trabalho que tem por princípio salvar vidas", disse Fernando Albuerne cardiologista clínico da CIHDOT do Hospital Regional Tarcísio Maia.
O Hospital Rio Grande é o único hospital habilitado pelo Ministério da Saúde para realizar transplante de coração no Rio Grande do Norte e possui equipe capacitada para esse procedimento.
O Governo do Estado do RN coordena todo o processo por meio da equipe da Central de Transplante da Sesap, bem como o apoio logístico do transporte e escoltas. Os órgãos foram transportados com toda segurança pelo avião do Estado em parceria com a FAB (Força Aérea Brasileira).
Um avião da FAB foi cedido pelo Governo Federal para transportar a outra parte da equipe para Mossoró, uma vez que o paciente irá doar vários órgãos e necessita de uma equipe maior.
"O trabalho é feito todo em equipe e com completa agilidade. O coração após captado tem 4 horas para ser implantado no paciente receptor que se encontra na UTI do Hospital Rio Grande em Natal", disse Rogéria Medeiros
O paciente que vai receber é do sexo masculino e estava inscrito na fila cardíaca do Estado e vinha sendo acompanhado pela equipe do Hospital Rio Grande por enfermeiros, médicos, nutricionistas, psicólogas e completa equipe.
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